sexta-feira, janeiro 21, 2005

Os ciúmes....

Ter ciúmes parece ser algo de natural nas mulheres. È isso e a engonhice. No caso da minha mulher isto dos ciúmes até não é algo de muito sério. Ou pelo menos, isso é o que ela diz. É óbvio que ela tem todas as razões para ter ciúmes de mim. Porra, sou um gajo jeitoso, espirituoso, generoso, amistoso, amoroso, e mais uma série de qualidades que me recuso a anunciar aqui, pois essencialmente a minha maior qualidade, é a modéstia. È mais do que normal que ela sinta ciúmes. Ainda por cima as mulheres não me largam. Parece que tenho mel. Ela diz, que isso se deve ao facto de eu dar formação, essencialmente a mulheres, e a avaliação das mesmas depender de mim. Eu respondo-lhe que não vale a pena tanto ciúme, que eu nunca a deixaria por alguém que ganhe menos que ela. Seja lá como for, isto dos ciúmes por vezes, tem o seu lado negativo, pois sempre que olho para as belas moçoilas que povoam este Alentejo, tento partilhar com o meu melhor amigo estas belas visões, o problema é que o meu melhor amigo confunde sempre esse seu papel, com outro por ele desempenhado, que é o de ser a minha mulher. Porra, está sempre a queixar-se que eu nunca falo com ela, que nunca partilho as minhas coisas mais intimas (como se as hemorróidas se pudessem partilhar….) que tenho que ser mais espontâneo na minha vida, etc.. Depois, quando me surge a espontaneidade, vêm também dores que me podem, segundo provas médicas, provocar-me a esterilidade. Nunca está satisfeita com nada do que eu faço. Qual o mal em partilhar com o meu melhor amigo a beleza, a feminilidade, e o encanto que existe nas belas moçoilas que me invadem os olhos? Porra, eu não assobio, nem mando piropos. Limito-me a elogiar o que me parece sexualmente atractivo, como qualquer macho faz, nada mais. Antes que comecem para aí a preparar o teclado para me chamarem machista, deixem que vos diga que, quando é o contrário, sim, porque ela também gosta de elogiar os putos malcheirosos e maltrapilhos e feios que nem bodes e malfeitos, eu sou bastante tolerante. Limito-me a levantar um pouco a camisola, para que ela veja o meu belo corpo escultural de Deus Grego, em comparação com o corpo enfezado, raquítico e magricela deles (sim, eu sei que são sinónimos, mas eu quero que fique bem vincado que o meu corpinho de Deus Grego, não tem comparação com o desses jovens esqueléticos que por aí andam). Se isso não for suficiente, deixo o resto para quando chegar a casa, onde lhe mostro que as minhas qualidades não são comparáveis com as de qualquer outro. Como é que faço isso? Mostro-lhe as minhas fotografias antigas de puto enfezado e esquelético, que ela conheceu, e depois dispo-me todo. É o suficiente para ela começar a chorar (obviamente que de alegria) e eu volto-me a vestir orgulhoso, por mais uma vez, ver o quanto ela me adora.
Já agora, e para não ficar mal. Eu volto-me a vestir, porque não gosto de me aproveitar da sua emoção. Penso que não seria muito ético da minha parte, aproveitar-me do facto de estar, nesse momento, a ser endeusado por ela.