Capitulo II - Aventura no trenó….
- Deixa a moça descer sozinha. Ela já sabe travar. – digo eu à minha mulher.
- Não. Ela ainda é pequena para esta descida. – responde a castradora.
- Vá lá. Deixa-te de mariquices. Também se se aleijar não há-de ser nada de grave. – digo, ao mesmo tempo que empurro o trenó, com a nossa filha, ladeira abaixo.
- AAAAAAAAAHHHHHH – grita a castradora.
- AAAAAAAAAHHHHHH – grita a nossa filha.
- AAAAAAAAAHHHHHH – grita a francesa que a nossa filha atropelou.
- AHAHAHAHAHAHAAH – riu-me eu com toda aquela confusão.
Bom, acabei por levar seca, porque sou um irresponsável e teca teca teca… Mas deviam de ver a cara de felicidade da nossa filha:
- Viste como eu andei depressa pai? Isto devia era de ter buzina para as pessoas saírem da frente, não é?
- Tens razão. – respondi enquanto lhe fazia festas na cabeça, para logo depois acrescentar, devido aos olhos faiscantes da minha mulher – Mas tens que ter cuidado para tentar não atropelar as pessoas. Embora aqui a culpa não seja tua, pois o raio da mulher não tem nada que estar no meio da pista de trenós no teca teca teca.
Claramente as minhas repreensões públicas à nossa filha nunca satisfazem a minha mulher, pois obrigou-nos a ir pedir desculpas à francesa, quando o máximo que lhe aconteceu, com a queda, foi ter sido alvo de chacota de todas as pessoas que a ela assistiram.
Conclusão: Ensinei a minha filha a pedir desculpas em Francês: “Perdon” e acabamos por ser insultados, isto porque a nossa filha (para além achar que não tinha nada que pedir desculpas) tem uma capacidade acima do normal para as línguas e acabou por dizer algo que se assemelhou a “Pieton”, ou seja, em vez de pedir desculpas, chamou Peão à francesa.
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