sexta-feira, dezembro 09, 2005

Um dia normal de não trabalho.......

8 da manhã:
- ABAIXA JÁ O SOM DA MERDA DA TELEVISÃO E DEIXA-ME DORMIR. – grito eu para a nossa filha.
5 minutos após a diminuição do volume da TV:
- MÃE. COMO É QUE SE ESCREVE MERDA? – grita ela da cozinha – QUERO ESCREVER NO QUADRO DO NÃO GOSTEI O QUE O PAI DISSE.
- ESPERA QUE A MÃE JÁ TE VAI AJUDAR. – grita a minha mulher de volta, enquanto se levanta e me dá um pontapé, como se a culpa de a moça andar a dizer asneiras não fosse da porcaria dos programas, muito pouco educativos, que passam na TV.
Ao pequeno-almoço:
- Vamos passear a Évora? – ordena ela.
- Porque…… - digo eu, esperando a devida justificação, que penso merecer, sempre que recebo este tipo de ordens.
Ao meio-dia:
- AINDA ESTÁS DE PIJAMA? EU JÁ ESTOU PRONTA. VAMOS EMBORA – grita-me ela.
Ao meio dia e meia:
- Porque raio é que estás a apitar. Se não queres gastar gasóleo à minha espera, não ligues o carro até eu chegar. Julgas que só tenho que me preocupar comigo? – diz-me ela, quando, FINALMENTE, entra no carro onde eu e a nossa filha a esperávamos.
Passados 5 km de viagem:
- MERDA. Temos que voltar. Deixei o telemóvel em casa. – diz ela.
- Agora já não volto para trás, e nada que tu possas dizer me vai fazer mudar de ideias. – respondo eu.
- Nesse caso, sem telemóvel, vais ter que me seguir nas compras.
“A MÃE DISSE MERDA E EU NÃO GOSTEI NADA DA FORMA COMO ELA NOS OBRIGA A FAZER TUDO O QUE ELA QUER.” Aproveitámos nós para escrever no quadro do não gostei, enquanto a minha mulher procurava, por toda a casa, o seu telemóvel que se encontrava desligado.
As restantes 5 horas que sobraram do dia, foram passadas na viagem de ida e volta, no CARO almoço, e em tentar convencer a nossa filha a não acompanhar a mãe nas compras. Como não o consegui (a moça já só pensa em roupa e tem a lata de me dar conselhos sobre o que eu devo ou não vestir) tive que me contentar em tentar massacrar a minha mulher sobre, a influência que gastos excessivos iriam ter na nossa saudável relação, ou seja, regressámos carregados de sacos cheios de roupa.