quinta-feira, julho 27, 2006

A minha sorte é o braço calejado.....

- Já viste a depressão com que o meu pai anda? - diz-me ela, no carro na viagem de volta de casa dos pais.
- Pois......
- Não sei o que mais posso fazer.
- Pois.....
- Só dizes isso?
- Ambos sabemos a causa da mesma.
- Sim, a minha mãe é uma chata, mas têm que saber viver um com o outro. Talvez....
- Talvez o quê?
- E se lhe déssemos viagra? - diz-me ela, com um sorriso maroto.
- E depois quem é que pagava as suas saídas nocturnas? Olha que com o que ele ganha de reforma, a festa não duraria muito.
- És mesmo estúpido. Tens que distorcer sempre o que eu digo. – diz ela ao mesmo tempo que levo mais um beliscão, no meu braço felizmente já calejado – Podia ser que assim eles se entendessem, pelo menos a esse nível.
- Mas tu não achas que ele já sofre que chegue? – digo eu, completamente indignado com aquela horrível sugestão.