terça-feira, setembro 28, 2004

As aventuras de um pai temporariamente solteiro.....(parte 3)

Hoje de manhã, apercebi-me de como a minha mulher deixou tudo planeado com a nossa mulher a tardes (não é a dias porque só vem as tardes). Assim que vou ao quarto da nossa filha para lhe escolher a roupa, o que é que eu vejo? Uma série de roupa separada já com as combinações feitas e que correspondem exactamente ao número de dias que faltam para a mãe vir. Sim senhor. Grande confiança. Estou-me agora a martirizar por ter tido a coragem de lhe escolher um vestido na segunda-feira. Sim, porque na segunda-feira não tinha nada preparado para lhe pôr, pelo que foi de vestido, quer dizer, parecia um vestido quando o tirei do cesto da roupa suja, embora tenha a sensação de já ter visto algo de parecido com aquilo, nas mãos da nossa mulher a tardes, quando ela está a limpar as banheiras.....humm..... Ainda bem que agora já tenho tudo preparadinho, assim já não faço mais asneiras e talvez tenha direito a um chupa quando a minha mulher regressar. Só há um pequeno problema, como não sabia que cuecas é que a nossa filha havia de levar (esqueceram-se disso) leva sempre um saco de plástico atado à cintura. Fim de desabafo........... ESTÚPIDA. Ok, agora é que é o fim.
Bom, falando mais a sério. Estou com saudades da minha mulher, pois hoje descobri que o leitor de DVD estava avariado e não tinha ninguém a quem gritar “O QUE RAIO É QUE TU FIZESTE AO LEITOR DE DVD PARA O ESTRAGARES?” Assim, tive que partir do princípio que foi uma simples falha do equipamento e agora tenho que gramar todas as cassetes dos teletubies, que já tinha arrumado para incinerar quando o Inverno chegasse.
Para além disso, hoje fiz um arroz de coelho espectacular. Falam as mulheres que os homens não se sabem desenrascar sozinhos.....HAAA....Enquanto tiver o número de telefone do restaurante nunca havemos de passar fome. Ok, estava a brincar. Fiz mesmo um arroz de coelho divinal, a nossa filha só não gostou dos cogumelos que acrescentei. Foi por terra mais uma teoria que a minha mulher tinha em relação à preparação do coelho “...que tem que ficar temperado de véspera...que não se pode fazer quando está congelado....que tem que cozer pelo menos uma hora...que não se pode juntar água a meio da cozedura do arroz...” etc.. Cheguei a casa às seis da tarde, tirei o coelho do congelador, passou pelo micro ondas para descongelar um pouco, fiz o refogado, pus o coelho, joguei à bola com a nossa filha, pus os cogumelos e o arroz, fui jogar outra vez à bola, quando me cheirou a queimado acrescentei água e pronto. Deixei o tacho para a mulher a tardes lavar (não sei bem como, mas tenho confiança nela) e sobrou comida suficiente para os restantes jantares que faltam até ao regresso da minha mulher.
Para terminar, queria que ficasse escrito que a nossa filha às nove está na cama (ao contrário do que acontece quando a minha mulher cá está) que a cozinha está arrumada (excepto o tacho) que a nossa filha tem chegado a horas à escola (ao contrário do que acontece quando a minha mulher cá está) e que eu tenho chegado ao emprego à mesma hora que quando a minha mulher cá está, porque, depois de deixar a nossa filha na escola, tenho que voltar a casa para vir buscar algo que me esqueci de levar (na segunda-feira foi o bibe, hoje foi o leite, amanhã sabe-se lá....).