segunda-feira, novembro 15, 2004

É este fim de semana.....

Este fim de semana a nossa filha vai fazer anos. Quatro anos. Sim senhor, ainda faltam cerca de 20 anos para ela sair de casa e eu poder, finalmente, voltar a fazer sexo com a mãe dela, por todas as divisões da casa sem medo de ser apanhado.
O seu primeiro aniversário foi o único que passamos sozinhos, que bom que foi. A minha mulher mandou-me trazer um bolo para nós cantarmos os parabéns e apagarmos a vela. Tentei trazer algo de adequado à situação, e principalmente ao tamanho da nossa filha, assim trouxe um queque e uma vela. Obviamente que levei um ralhete porque sou um parvo e podia ter trazido um bolo a sério. Pois, é sempre o mesmo. Um gajo leva por tudo, se tivesse trazido um “bolo a sério” ralhava comigo por o comer logo todo, porque sou um gordo e sei lá mais o quê. Assim, como trouxe um queque, fui um sovina e outra vez um sei lá mais o quê. Bom, mas o que eu não me esqueço desse aniversário foi do olhar da nossa filha depois de lhe cantarmos os parabéns. Que coisa incrível, parecia mesmo que estava a dizer: “Mãe, abre as pernas que eu quero voltar para aí para dentro.”
O seu segundo aniversário foi bem pior. A minha sogra insistiu em vir cá ter connosco, pelo que qualquer recordação do mesmo foi eclipsada por esse facto.
O terceiro aniversário foi uma mini festa, vieram cá os meus pais, convidamos três ou quatro amigos dela e uns amigos nossos. Nada de especial, a não ser o facto de, como a nossa filha não conseguia apagar as velas com o seu sopro, resolveu apagá-las com o seu cuspo. Agora, só não percebo é porque razão ficaram todos depois a olhar para mim. Não é normal um pai ficar orgulhoso com os feitos da sua filha? Principalmente quando me deu muito trabalho ensiná-la a cuspir de forma certeira.
E chegamos ao quarto aniversário. Ainda não foi, mas já ando a ter pesadelos com o mesmo. Assim que a minha mãe nos telefonou nos primeiros dias deste ano (onde nos informou que, uma vez que ela tinha telefonado em primeiro lugar, era dela o direito de organizar os anos da nossa filha) que eu senti que as coisas não iam correr muito bem. Perguntamos à nossa filha onde ela queria comemorar os anos, na nossa casa ou no Ribatejo. Ela respondeu o óbvio, na sua casa com os seus amigos. Ou seja, vamos ter a casa cheia de putos histéricos, a minha sogra vem na Sexta-feira, os meus pais e os meu sogro também cá vêm ter e vamos ter ainda as mães galinhas de alguns do amigos(as) da nossa filha, inclusivé o seu suposto namorado, o qual vai sair daqui traumatizado psicologicamente (sorriso sarcástico).
Resumindo e concluindo: eu (o bicho do mato) vou ter a casa ocupada de putos aos berros e respectivas galinh...mães e dos meus sogros e dos meus pais (mais berros em perspectiva). Para piorar isto, a minha mulher já me ameaçou das consequências que teria uma súbita indisposição minha, que me levasse a sair de casa ou a me refugiar no nosso quarto. Isto só, porque hoje lhe disse que achava que estava a ficar doente (pois estava-me a começar a doer a garganta e a cabeça) e que esperava não ter que estar de cama quando a nossa filha fizesse anos. Também me avisou que qualquer telefonema para mim no dia de aniversário da nossa filha, será apenas e só por ela atendido, pois, segundo ela, os meus amigos são bem capazes de me quererem ajudar a safar de casa. Começo a suspeitar que tenho um espião no meio dos meus supostos amigos.