sábado, fevereiro 26, 2005

Pequenos truques para o dia a dia….

Mais um pequeno truque para todos aqueles homens acusados, injustamente, de não fazerem nada em casa. Desta vez, e depois da saliva, vou falar de um truque espectacular para lavar aquela loiça com os restos de comida mais entranhada e para a qual ainda não inventaram um detergente, para a máquina de lavar loiça, suficientemente eficiente para que a mesma pareça razoavelmente lavada. Já agora, penso que devíamos processar certas marcas de detergentes por publicidade enganosa, e danos morais, provocados pelos nomes que as nossas mulheres nos chamam quando vêem o resultado da lavagem.
Bom, mas vamos ao truque que isso é que interessa. Se já tiveram nas mãos um grelhador, ou uma frigideira cheia de restos carbonizados de comida, no qual não podem usar o esfregão de aço (o seu uso provoca gritos nas mulheres porque estamos a tirar o sei lá o quê anti aderente) sabem bem a vontade que dá em mandar aquilo para o lixo e não pensar mais nisso. Pois bem, já não precisam de inventar desculpas quando ela vos pergunta onde é que está a frigideira, ou o grelhador que foi comprado há tão pouco tempo. Eis o que têm que fazer:
Basta deixar de molho em água quente com um pouco de detergente, ou algo que faça espuma e que esteja à mão. E pronto, não precisam de mexer mais. Porquê? Porque, no meu caso, passado 24 horas aparece, por magia, lavadinho e arrumado sem eu ter feito nada. Porquê? Não sei nem quero saber (penso que a minha mulher a tardes tem algo a ver com isso, mas não me interessa). Caso não tenham mulheres a tardes ou a dias, ou seja fim de semana, usem o truque na mesma, pois alguns dias depois (o meu recorde é de 5 dias) volta a aparecer lavado e arrumado sem que eu tenha feito nada para isso. Porquê? Porque as mulheres têm a mania que as coisas têm que estar limpas e arrumadas, assim, não aguentam ter, por muito tempo (mesmo que digam o contrário) água putrefacta na SUA cozinha, pelo que se encarregam de acabar o serviço que nós começámos.
Para este truque funcionar bem, têm que estar dispostos a fingir que ouvem os berros e a seca que ela vos vai dar. Abanem vigorosamente a cabeça e digam que só estavam à espera de mais um dia, para terem a certeza que os restos se tinham dissolvido todos, graças à acção dos microrganismos (dão um ar cientifico à coisa e elas ficam meio abananadas). Estejam também preparados para uma diminuição da actividade sexual durante uns dias (geralmente são menos do que os dias em que a loiça ficou de molho).

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Momento de relfexão.....

PORQUE RAZÃO NÃO RECEBO UM PRÉMIO QUANDO MUDO O ROLO DO PAPEL HIGIÉNICO DA CASA DE BANHO, OU PELO MENOS APLAUSOS DE INCENTIVO.

domingo, fevereiro 20, 2005

Curtas da vida de casado.....

A caminho da mesa de votação, em que eu levava a nossa filha ao colo:
- Pai, porque é que vão votar?
- Vamos votar para escolher quem deve mandar no nosso país.
- E tu é que escolhes?
- Não, filha. Escolhem todos os portugueses.
- Ó pá… Mas tu é que devias de escolher sozinho, porque tu é que sabes tudo.
- Tens razão filha, mas o pai é que deixa que seja assim, porque o pai é bonzinho.
- Olha lá, não achas que ela já te endeusa o suficiente? - disse a invejosa.
- Estás a ver como o pai é bonzinho? Até deixa a mãe dizer estas coisas….
- Pai, o que é indesa?
- É quando tu dizes as verdades sobre o pai ser o melhor e mais bonito pai do mundo.
- És o pai mais bonzinho do mundo. – disse, depois acrescentou, enquanto me fazia festas na cabeça - Mas és um bocado cabeçudo.
Obviamente que tive que aturar os risos da minha mulher durante o resto do dia, no intervalo dos quais aparecia sempre a palavra cabeçudo. Que falta de imaginação…


Na ida às compras, a nossa filha fez uma enorme pressão para que lhe comprássemos um pacote de batatas fritas. Após pagarmos as compras, reparei que ela, ao abrir o pacote, fez com que caíssem uma série de batatas no chão. Olhou discretamente para nós e ao ver que estávamos a olhar, apanhou rapidamente as batatas no chão, meteu-as no pacote, e antes que nós tivéssemos tempo para dizer algo, abanou rapidamente o pacote para que as batatas se misturassem.
Resultado. A mãe enviou o pacote todo para o lixo e eu fui comprar um novo para premiar a sua criatividade.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Pequenos truques para o dia a dia….

Nós, homens modernos, que ajudamos na lida do dia a dia, temos que estar preparados para resolver os pequenos problemas que nos surgem diariamente na realização das nossas tarefas. Uma vez que não existe nenhuma revista, com mulheres boas, que nos ensine alguns pequenos truques que podem ajudar a resolver esses problemas, eu, mais uma vez, no sentido de serviço público a que me sinto obrigado, irei iniciar esta nova rubrica aqui no blog com o primeiro e mais importante truque que todos os homens casados, ou que vivem com mulheres devem saber, ou seja, os fabulosos poderes da saliva como tira nódoas. Ora bem, deixem-me partilhar convosco alguns dados científicos sobre a saliva. A saliva é a primeira “ferramenta” do nosso acto digestivo, ou seja, a digestão começa na boca com a ajuda da saliva, isto porque a saliva contém enzimas que degradam os alimentos. Bom, tudo isto para mostrar como sou um gajo instruído. Ora bem, se degrada os alimentos, obviamente que degrada as nódoas, por isso uma boa cuspidela seguida de uma esfregadela na roupa é o suficiente para dar cabo delas. Mas não é só com as nódoas de comida que a saliva funciona, é uma maravilha da natureza, são as nódoas das pastas de dentes, de cremes, de óleos, etc. Aliás, todos os dias descubro novas nódoas que não resistem ao poder da saliva. Mas para além disso tem ainda outras vantagens, algumas das quais passarei a enunciar: é totalmente biodegradável, é um recurso ilimitado, está sempre disponível, é inodoro, tem uma viscosidade óptima para espalhar, etc.. Só tem um pequeno problema, não deve ser usada se estiverem a comer chocolate, parece que o chocolate impede as enzimas de actuar.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Dia dos namorados......

Que é mais uma americanice. Que só serve para apelar ao consumismo. Que nunca iria ligar a isso. Que eu nunca esperasse qualquer coisa nesse dia. Que o dia dos namorados é quando nos apetecer. Eis algumas das frases empregues por ela para justificar o seu desprezo pelo dia dos namorados. Desprezo esse partilhado por mim, pois só me faltava era ter mais um dia para andar sem saber o que lhe oferecer. Mas estava-me a esquecer como as mulheres são seres que não sabem o que é a coerência. Assim, este ano as coisas mudaram: “Vou mais cedo para casa para poder trabalhar sossegada.” Disse-me ela, enquanto sorria. Fiquei a pensar sobre o motivo do sorriso, mas cheguei à conclusão que deveria de ser, mais uma vez, devido à minha escolha de roupa. Assim que cheguei a casa, encontro a nossa filha já de banho tomado e uma amiga nossa, já instalada: “Então, resolveste vir-nos ajudar a acabar com os restos do almoço de ontem?” perguntei-lhe eu. “Deixa-te de parvoíces e toca a despachar. Vai mudar de roupa porque vamos sair.” Disse-me a minha mulher toda atarefada. “Vamos sair aonde? Alguém faz anos? Porra, porque é que tu não me avisas destas coisas? Então e a mocita vai vestida de pijama?” perguntei eu, um pouco perdido com tudo aquilo. Estas perguntas provocaram emoções diferentes lá em casa, à nossa amiga fizeram rir enquanto abanava a cabeça, à minha mulher fizeram também abanar a cabeça, mas como se eu fosse um caso perdido: “És mesmo parvo. Ainda não percebeste que vamos sair só os dois? Toca a despachar porque tenho uma surpresa para ti e quero lá chegar antes do anoitecer. Veste o que está em cima da cama.” Bom, lá troquei as meias rotas por um par que estava em cima da cama (uma vez que não sabia para onde ia pensei que o melhor era não levar nada vestido que tivesse buracos) e desci, tendo o cuidado de pedir à mulher a tardes, para não deixar a minha roupa em cima da cama. Pois, para além das meias, que obviamente a minha mulher lá deixou, estavam lá também umas calças, uma camisola e um casaco. Afinal, parece que isso era para eu vestir, mas como já estávamos atrasados para sei lá o quê, ela não se importou de ir comigo vestido à “…sei lá o quê.” Reparem como me visto sempre de acordo com a ocasião.
Bom, lá fomos então a caminho do desconhecido, aparentemente estávamos atrasados porque ela ia a acelerar mais que o normal. Quando perguntei qual a pressa, começou a refilar comigo por ter chegado atrasado e não ter percebido nada. Pelo que resolvi ficar calado, mas só depois de lhe perguntar se a palavra orgia tinha alguma coisa a ver com a surpresa.
Depois de muito andarmos, fomos ter a um hotel famoso por estes lados, perdido no meio do Alentejo. Assim que lá chegamos, olho para o relógio e vejo que ainda é muito cedo para o jantar, pelo que ela deve ter algo programado para o antes….penso, enquanto salivo abundantemente. Vejo-a a tirar uma mochila da bagageira do carro e começo a ter arrepios. Vamos para a recepção e os meus arrepios aumentam quando a vejo a pagar, e principalmente, quando ela pergunta a que horas é que o ginásio fecha. GINÀSIO?????GINÁSIO?????MAS QUE MERDA É ESTA????GINÁSIO?????. Começo-me a sentir mal e só recupero quando a recepcionista diz que o ginásio já está fechado, dado o adiantar da hora. Suspiro de alívio enquanto ela me manda o seu olhar número 3, ou seja: “Tu és sempre o mesmo, eu preocupada com o teu bem estar, cheia de trabalho e mesmo assim consegui marcar isto para te fazer uma surpresa e agora, por tua culpa, já não podemos ir para o ginásio. A tua sorte é que és um gajo lindo e inteligente e cheio de amor por mim, senão…” É verdade, os seus olhos conseguem falar muito. Por vezes falam ainda mais do que a boca, e o problema é que são mais difíceis de mandar calar.
Continuando. A piscina ainda estava aberta, pelo que lá fomos. Embora ela tenha trazido os meus calções de banho que realçam excessivamente os efeitos de uma vida muito activa intelectualmente, ninguém reparou porque a piscina estava vazia. Como achei a água da piscina demasiado fria, para o meu corpo sensível, preferi o jacuzzi, no qual íamos adormecendo com o relaxamento. Felizmente o meu relógio interno acordou-nos, informando-me que eram horas de comer. Lá fomos para o restaurante, mas não sem antes passarmos pela sauna, à qual não achei muita piada porque me fez lembrar as noites de verão na nossa casa. O restaurante, por seu lado, fez-me lembrar o restaurante onde comemoramos o nosso último aniversário de casamento. Cheio de mariquices e com a sensação que algo em mim não estava adequado à situação. A minha mulher disse-me que era a minha roupa, mas devia de ser outra coisa, pois tive o cuidado de tapar com a camisa, um pequeno buraco que as calças de ganga tinham ao nível das virilhas.
Lá veio a comida, cheia de mariquices. Começou por vir um prato de morangos acompanhado por dois copos com espumante, os quais foram direitinhos para ela, uma vez que, como estou farto de dizer, detesto álcool. Já estava a prever algo de parecido ao nosso jantar de aniversário mas, felizmente, não existiam karaokes num raio de 200 Km. Assim se passaram uns longos minutos agradáveis, com um único defeito, nestes restaurantes, o que poupam na comida acrescentam ao preço. No caminho de regresso demorámos mais uns bons minutos do que aquilo que seria normal, porque não é fácil concentra-me na condução enquanto, ao lado, alguém assassina a música da Edith Piaf (o facto de quando ela está mais alegre cantar sempre Edith Piaf, é algo que me fascina e ao mesmo tempo me atormenta, não posso ouvir alguém a dizer NON…. sem sentir um forte arrepio)

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

O chunga e o pica.....

A minha irmã deu, no natal, dois peixes à nossa filha. Obviamente que fiquei encarregado de cuidar dos peixes (até porque a irmã é minha, como a minha mulher me relembrou, obrigado mana..) No entanto descobri que não custava muito dar conta do recado, até nos lembrarmos, no inicio do ano, que ainda ninguém tinha dado de comer aos peixes. A partir daí percebi que havia uma diferença entre o protector de ecrã do meu computador e os peixes, aos quais carinhosamente chamei de chunga e pica. Ora bem, o chunga é um gajo que não gosta que violem o seu espaço, para além de ter o dobro do tamanho do pica. Ora como o aquário tem um espaço um pouco limitado, o chunga considera que o seu espaço socialmente aceite, está sempre a ser violado, o que faz com que ande sempre atrás do pica. Há umas noites atrás começamos a ouvir o barulho de pedrinhas a bater no vidro do aquário, isto a horas menos próprias, quando fui ver o que se passava encontrei-os muito sossegados, embora a partir desse dia o pica começasse a nadar ligeiramente de lado, tendência que se foi acentuando com o passar das noites. Certa noite algo de mais esquisito aconteceu, depois de o “normal” barulho das pedras, houve um splash estranho, corri a ver o que se passava e vi o pica a estrebuchar no chão da cozinha. Tratou-se da sua primeira tentativa de suicídio. Pelo menos foi a conclusão a que cheguei após começar a vê-lo demasiadas vezes com a boca de fora da água. Eu já não conseguia ver mais aqueles olhos esgazeados a olharem para mim em busca de ajuda. Um dia decidi dar ao pica um novo começo, até porque já me estava a fazer impressão vê-lo a nadar “de pernas para o ar”. Arranjei um recipiente e pu-lo lá. Para que ele pudesse recuperar a sua auto estima (até porque tenho a impressão que havia ali violência sexual) afastei-o o mais possível do aquário onde estava o chunga, para que ele não o conseguisse ver. Aos poucos começou a voltar ao normal, ou seja, deixou de tentar saltar para fora da água e pude, finalmente, retirar a tampa de cima do seu recipiente.
Passados mais uns tempos, resolvi voltar a juntá-los para ver como as coisas iriam correr (até porque já estava farto de ter que lavar dois recipientes). Estava tudo a correr bem, até que aconteceu um desastre. Tinha já limpo o aquário e estavam já os dois lá dentro, quando a nossa filha resolveu me ajudar a pôr o aquário no seu sítio, resultado, uma inundação, choros e gritos da nossa filha por estar toda molhada, e eu desesperado à procura do chunga e do pica no meio da loiça que eu “deveria de ter já arrumado na máquina de lavar”, como me relembrou a minha mulher. Finalmente, entre os restos de esparguete e do sumo, lá encontrei o chunga, mas do pica, nada. Vasculhei a loiça toda e finalmente, após a segunda volta, fui encontrar o pica dentro do copo da minha mulher, o qual continha ainda uma quantidade razoável de vinho (misturado com a água do estouro do aquário). Ainda estrebuchava, mas vi pelos seus olhos que não iria ficar connosco muito mais tempo. Assim foi. Passados poucos minutos o pica partiu.....
Como a nossa filha aprendeu na escola, que quando os peixes morrem têm que ser postos em álcool (isto porque todas as semanas, na escola, morre um e a professora deve de querer saber porquê e deve, por isso, estar a pensar em autopsiá-los). Lá convenceu a minha mulher a pôr o pica num frasco com álcool, NA COZINHA que é para eu, todos os dias, o encarar sempre que vamos comer e me recordar do seu martírio.
Penso que a verdadeira razão é para ver se eu fico sem apetite e se emagreço.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

O Carnaval.....

Ora lá se passou mais uma das minhas épocas preferidas (logo a seguir à época do fim das férias). Tudo começou com o desfile da escola da nossa filha. Porque raio é que as professoras se lembram, todos os anos, de inventar fantasias esquisitas? Mas que raio de criatividade é esta? Se isto continua assim, qualquer dia temos um sistema de ensino que realmente ensina os moços a pensar (pode ser que assim, quando chegarem ao meu nível de ensino, talvez deixem de olhar para mim, como se eu fosse um bicho estranho, só porque os obrigo a usar as ligações que eu penso que eles têm entre os neurónios). Continuando. Este ano, a nossa filha, teve que ir mascarada de duende verde. Com gorros, camisola, calças e umas tretas quaisquer nos pés. Tudo isso enfeitado com montes de guizos. Ainda sugeri, a excelente ideia, de irem todos mascarados de bailarinas, mas parece que isso foi a fantasia do ano passado. Sempre preocupadas com ninharias...
Ora bem, como nem eu, nem a minha mulher temos muito jeito para a costura (é verdade, já sei o que estão a pensar: já não se fazem mulheres como antigamente) tivemos que pedir a alguém que nos fizesse essa treta. O que para além do dinheiro que tivemos que gastar, também implicou o tempo gasto na compra do tecido e principalmente nos guizos, os quais fiquei encarregado de comprar. Onde raio de loja é que se vão encontrar 30 guizos? Como sou um moço desenrascado, comprei trinta coleiras de gato (só a minha criatividade é que não é valorizada). Qual o problema de termos tanto cabedal cá em casa? Nunca se sabe quando o mesmo é preciso para atar a mulher à cama….hummmm….
Continuando. Chegou então o dia do desfile escola. Este ano calhou-me a mim ir assistir ao desfile. Pois... ter que acompanhar uma data de putos histéricos, uma banda desafinada e colunas no máximo a dar música repetida, exactamente a minha forma preferida de passar uma bela manhã. Na véspera ainda desejei um milagre para que chovesse torrencialmente no dia seguinte, mas o meu pedido foi mal entendido, acabei na mesma molhado, mas pelos balões de água que foram sendo enviados do meio do desfile para todos os que estavam a assistir. Como se não bastasse tudo isto, fui encarregado pela minha mulher de filmar tudo até ao mais ínfimo pormenor, sempre era uma forma de minimizar o seu complexo de culpa por não poder assistir. Como ela não referiu quanto tempo tinha o pormenor, achei que cinco minutos de reportagem seriam o suficiente, pois tive o cuidado de incluir nesse tempo todos os pormenores do desfile, ou seja, o barulho, a confusão e principalmente o meu esforço para me esquivar dos balões de água voadores.
Mas o carnaval não se ficou por aqui. Temos depois o dia propriamente dito: Terça-feira de carnaval. Quando era puto, vestia uma roupa velha ponha uma caraça e estava feito. Agora não. Tem que se gastar dinheiro a comprar uma fantasia, que só se vai usar dois ou três dias e depois acabou. Depois as minhas sugestões são sempre mal vistas. Sugeri lhe que fosse mascarada de melga (só lhe faltam as asas), mas ela disse-me que não estava a pensar acompanhar a nossa filha, mas que a mim, por outro lado só me faltava ter piada para poder ir de palhaço, uma leve referência à ligeira cor rosada do meu nariz (provocada pelo raio da constipação) e à minha forma informal de me vestir. Acabámos por comprar um fato de bruxa (não vou dizer nada sobre a minha sogra….não vou dizer nada sobre a minha sogra…não vou dizer nada sobre a minha sogra) mais os respectivos acessórios.
Chega então o dia de vestir o fato de bruxa, e o que acontece? Já não quer ir de bruxa, quer ir de fada sininho. Cá estão os genes da mãe em acção.
Nota mental: Não falar de genética quando a minha mulher está por perto….